terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Mas um dia esquecido pela mídia? (por acaso?)


Bem, mais um dia esquecido pela mídia.
O dia de MARTIN. Dia do líder negro que mobilizou milhões pacificamente.
Símbolo de algo que não querem que aconteça no Brasil.

Os EUA, segregacionista, tem como uma das datas mais respeitadas, o dia de Martin Luther King.
Os negros americanos são minoria.

No Brasil, somos MAIORIA.
No Brasil, a data de Zumbi é desconhecida, folcórica.
No Brasil, país dominado pela cultura, símbolos negros, não se falou de MARTIN.


Brasiligual (re)fala:

- Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização

- Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.

E (re) inventa:

Esquecidos somos, lembrados seremos.
Se o Brasil é o país do futuro, é por que nos espera para liderá-lo.


01 O que afeta diretamente uma pessoa, afeta a todos indiretamente.

02 Enfrentaremos a força física com a nossa força moral.

03 Tenho visto demasiado ódio para querer odiar.

04 Eu tentei ser direto e caminhar ao lado do próximo.

05 Não permita que ninguém o faça descer tão baixo a ponto de você sentir ódio.

06 Nunca estarei satisfeito até que a segregação racial desapareça da América.

07 Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.

08 Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter.

09 O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.




Os homens invisiveis do Brasil

Às
vezes andando nas ruas de Copacabana, me sinto como um fantasma.

Estou ao lado das pessoas, mas percebo que sou uma incômoda presença. Quase os atravesso, q

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Cidadãos de bem, velozes, em suas avenidas mentais. O último tênis, o último corte de cabelo, estão apenas cuidando de si. Ilhas e ilhas.

Ah, como queira que aquele menino com suas bolas de tênis nos surpreendesse com a sua habilidade no saibro. Gugas negros.

Somos milhões. E somos etéreos como o ar, por que como maioria, apenas assim podem nos ser indiferentes. Não pesamos quase nada ( e somos milhões!), nos adaptamos a quaisquer situações ("nós faz tudo dotô!).

Cidadãos de bem. Vejo milhares passarem por mim, e mesmo tendo cumprido um verdadeiro roteiro de cinema eu não estou aqui.

Me olho no espelho da vitrine da loja da esquina. Muito jovem, nem mesmo eu me vejo na minha novela das oito.

Afinal quantos protagonistas negros eu já havia visto?

Um segundo, um milímetro e agarro aquela bolsa, dou um piparote naquele guarda, dou um aú e uma rasteira naqule velhinho. Ah, um arrastão! Um mar como eu, em disparada, algazarra, que meninada!

Mais uma vez quase desisto de tudo. Estou descumprindo o papel que está tatuado em minha pele. Sou um marginal. O fato de estar em condicional não altera o meu crime.