domingo, 4 de janeiro de 2009

Brasil: 60 anos de atraso

Veja este video!
As ideias de inferioridade dos negros estão muito vivas em TODOS nós.
O Brasil possui politicas oficiais racistas desde a colonia até os dias de hoje.
Na colonia, a proibição de possuir comercio, com Getulio a proibição de imigração de negros e asiaticos, hoje a boa aparencia, a limpeza étnica na nossa propaganda.

(enquanto isso ficamos felizes por Obama. Lá. No entanto, Brasiligual tem certeza: um presidente negro irá acelerar as discussões e atitudes, mesmo no Brasil)

(UOL: http://tvuol.uol.com.br/#view/id=esquadrao-que-combateu-racismo-participa-da-posse-de-obama-04023468CC895326/user=1575mnadmj5c/date=2009-01-04&&list/type=all/edFilter=all/sort=mostRecent/)





A bela e dura historia dos negros americanos do esquadrão aéreo mostra a diferença do racismo à brasileira e americano.
Nosso potencial de construção de uma nova sociedade é muito maior: somos um povo com base miscigenada mas a nossa realidade é de discriminação.
Enquanto os americanos lutam contra o preconceito os brasileiros o escondem, acobertam e sorriem comop se estivessem em um evento social. Palavras duras e assuntos pesados são evitados como se fôssemos loiras alices.
Veja o filme.

Os homens invisiveis do Brasil

Às
vezes andando nas ruas de Copacabana, me sinto como um fantasma.

Estou ao lado das pessoas, mas percebo que sou uma incômoda presença. Quase os atravesso, q

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Cidadãos de bem, velozes, em suas avenidas mentais. O último tênis, o último corte de cabelo, estão apenas cuidando de si. Ilhas e ilhas.

Ah, como queira que aquele menino com suas bolas de tênis nos surpreendesse com a sua habilidade no saibro. Gugas negros.

Somos milhões. E somos etéreos como o ar, por que como maioria, apenas assim podem nos ser indiferentes. Não pesamos quase nada ( e somos milhões!), nos adaptamos a quaisquer situações ("nós faz tudo dotô!).

Cidadãos de bem. Vejo milhares passarem por mim, e mesmo tendo cumprido um verdadeiro roteiro de cinema eu não estou aqui.

Me olho no espelho da vitrine da loja da esquina. Muito jovem, nem mesmo eu me vejo na minha novela das oito.

Afinal quantos protagonistas negros eu já havia visto?

Um segundo, um milímetro e agarro aquela bolsa, dou um piparote naquele guarda, dou um aú e uma rasteira naqule velhinho. Ah, um arrastão! Um mar como eu, em disparada, algazarra, que meninada!

Mais uma vez quase desisto de tudo. Estou descumprindo o papel que está tatuado em minha pele. Sou um marginal. O fato de estar em condicional não altera o meu crime.