terça-feira, 16 de outubro de 2007

Taís Araújo faz desabafo sobre paparazzi






























Em entrevista a uma publicação ela manda esses profissionais fotografarem casamentos

Taís Araújo manda um recado para os paparazzi: “Vai fotografar casamento, batizado, meu querido! Não pára de nascer criança para ser batizada e nem de casar gente”. O desabafo foi feito à revista “Lounge”, que chega às bancas na próxima semana no Brasil e em Portugal. Na matéria, a atriz que foi fotografada por Paschoal Rodrigues em estilo “black power fashion”, revelou sua insatisfação com os fotógrafos que só se preocupam em registrar imagens não autorizadas dos artistas.

“Eles enfocam só a vida pessoal e não mostram o que tem que mostrar. O nosso trabalho fica para segundo plano. Eles ainda têm a audácia de dizer que é o ganha-pão”. Na reportagem para a "Lounge", a mulher de Lázaro Ramos falou sobre o desejo de montar e atuar “A Megera Domada”, de Shakespeare e confessou o sonho de que chegue ao fim o preconceito contra os atores negros. “Eu sou uma mulher negra. O que espero da vida é que um dia possam me escalar para um papel e que não tenha na sinopse, ela é negra”.




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Os homens invisiveis do Brasil

Às
vezes andando nas ruas de Copacabana, me sinto como um fantasma.

Estou ao lado das pessoas, mas percebo que sou uma incômoda presença. Quase os atravesso, q

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Cidadãos de bem, velozes, em suas avenidas mentais. O último tênis, o último corte de cabelo, estão apenas cuidando de si. Ilhas e ilhas.

Ah, como queira que aquele menino com suas bolas de tênis nos surpreendesse com a sua habilidade no saibro. Gugas negros.

Somos milhões. E somos etéreos como o ar, por que como maioria, apenas assim podem nos ser indiferentes. Não pesamos quase nada ( e somos milhões!), nos adaptamos a quaisquer situações ("nós faz tudo dotô!).

Cidadãos de bem. Vejo milhares passarem por mim, e mesmo tendo cumprido um verdadeiro roteiro de cinema eu não estou aqui.

Me olho no espelho da vitrine da loja da esquina. Muito jovem, nem mesmo eu me vejo na minha novela das oito.

Afinal quantos protagonistas negros eu já havia visto?

Um segundo, um milímetro e agarro aquela bolsa, dou um piparote naquele guarda, dou um aú e uma rasteira naqule velhinho. Ah, um arrastão! Um mar como eu, em disparada, algazarra, que meninada!

Mais uma vez quase desisto de tudo. Estou descumprindo o papel que está tatuado em minha pele. Sou um marginal. O fato de estar em condicional não altera o meu crime.