domingo, 17 de junho de 2007

SAO PAULO (?) FASHION WEEK - É UM,A VERGONHA ?!

VERGONHA!!!!!!!!???????????

VOCÊ DECIDE!

"No Fashion Rio, o exército de modelos brancas que dominava os desfiles surpreendeu o britânico Michael Roberts, editor da revista Vanity Fair, para quem 'o Brasil deveria aproveitar mais sua diversidade'. 'É uma vergonha', disse."
(e os brasileiros o que pensam?)














Vejam esta reportagem.

Não devemos esperar que a SP Fashion Week, agregue elementos negros. Devemos nos organizar e mostrar o nosso papel de liderança.

Achamos lógica (porem enganosa) a justificativa de que os negros (ou pelo menos os "bronzeados") não consumam a moda mais sofisticada. A lógica se ancora na distribuição da renda. Mas esta, cai por terra quando vemos os premiados comerciais de margarina e sabonete.
Certamente, somos os maiores consumidores de pão com margarina e sabonetes populares.
Queremos deixar de ser invisíveis.


Falta de modelos negros espelha preconceito, diz Camila Pitanga

15/06 - 22:57 - Reuters

or Fernanda Ezabella SÃO PAULO (Reuters) - Camila Pitanga, sexta atriz da TV Globo a desfilar no São Paulo Fashion Week, foi uma das raras modelos negras, embora não seja profissional, a pisar na passarela desta edição.

Pitanga foi a estrela de dois desfiles nesta sexta-feira, de Fabia Bercsek e Cori, assinada por Alexandre Herchcovith.

Além dela, só havia mais uma modelo negra no casting da Cori.

'Acho que (a falta de modelos negros no SPFW) espelha essa resistência, esse preconceito que infelizmente ainda está presente na nossa sociedade', disse a atriz à Reuters no backstage da Cori.

A fraca presença dos negros nos desfiles de moda no Brasil voltou ao debate na quinta-feira, após a apresentação da nova grife AfroReggae, que usou um casting 100 por cento negro.

Segundo seu estilista, Marcelo Sommer, a coleção da grife era inspirada na cultura negra e por isso a escolha dos modelos, entre amadores e profissionais.

'Existe uma carência gigante de modelos negros no Fashion Week. E ficamos impressionados com a quantidade de modelos negros que achamos', disse Sommer.

Para Herchcovith, o problema é outro. 'A oferta de modelos negros é menor', disse. 'São as agências (de modelos) que têm que fazer um trabalho maior para recrutar mais negros, não acho que é culpa do estilista.'

Herchcovith negou que haja preconceito no mundo da moda e classificou Pitanga, que será garota da campanha da Cori, como a 'personificação da mistura de raças que é o Brasil', disse.

'Acho que a beleza dela é muito brasileira.'

O agente de modelos Bruno Soares explica a polêmica pela ótica financeira, afinal de contas, quem consome as grifes que desfilam no SPFW é uma maioria branca, de classe social mais alta.

'Além do preconceito racial, o preconceito social é muito mais forte', disse. 'Na França, eles colocam um monte modelos asiáticas porque a Ásia virou um grande investidor, por exemplo.'

No Fashion Rio, o exército de modelos brancas que dominava os desfiles surpreendeu o britânico Michael Roberts, editor da revista Vanity Fair, para quem 'o Brasil deveria aproveitar mais sua diversidade'. 'É uma vergonha', disse.

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Os homens invisiveis do Brasil

Às
vezes andando nas ruas de Copacabana, me sinto como um fantasma.

Estou ao lado das pessoas, mas percebo que sou uma incômoda presença. Quase os atravesso, q

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Cidadãos de bem, velozes, em suas avenidas mentais. O último tênis, o último corte de cabelo, estão apenas cuidando de si. Ilhas e ilhas.

Ah, como queira que aquele menino com suas bolas de tênis nos surpreendesse com a sua habilidade no saibro. Gugas negros.

Somos milhões. E somos etéreos como o ar, por que como maioria, apenas assim podem nos ser indiferentes. Não pesamos quase nada ( e somos milhões!), nos adaptamos a quaisquer situações ("nós faz tudo dotô!).

Cidadãos de bem. Vejo milhares passarem por mim, e mesmo tendo cumprido um verdadeiro roteiro de cinema eu não estou aqui.

Me olho no espelho da vitrine da loja da esquina. Muito jovem, nem mesmo eu me vejo na minha novela das oito.

Afinal quantos protagonistas negros eu já havia visto?

Um segundo, um milímetro e agarro aquela bolsa, dou um piparote naquele guarda, dou um aú e uma rasteira naqule velhinho. Ah, um arrastão! Um mar como eu, em disparada, algazarra, que meninada!

Mais uma vez quase desisto de tudo. Estou descumprindo o papel que está tatuado em minha pele. Sou um marginal. O fato de estar em condicional não altera o meu crime.