terça-feira, 18 de março de 2008

Visita de Rice à Bahia - expõe contradições do Brasil

A passagem de Condoleeza Rice demonstra a distancia entre Brasil e EUA na questão das oportunidade aos negros e quantas oportunidades perdidas.

O presidente Lula necessita brigar para ter um negro na Suprema Corte. O Brasil é o país do futuro enquanto se esconder e esconder boa parte da sua população.



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Em http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200803140313_RED_71084592

Governador pede apoio de Condoleezza para mais vôos à BA

Fabiane Madeira
Direto de Salvador

O governador da Bahia, Jaques Wagner, pediu à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, apoio para conseguir mais vôos dos Estados Unidos para o Estado, pois atualmente só tem um vôo direto por semana para Salvador.

A visita da secretária é estratégica para a revisão do acordo comercial bilateral entre Brasil e EUA que determina a quantidade de vôos originados para ambos os países. A Secretaria de Turismo acredita ser esse um documento já ultrapassado, porque não contempla uma nova realidade: o crescimento do turismo étnico-afro na Bahia, motivado pela curiosidade dos negros americanos em conhecer a sua ancestralidade africana.

O Programa de Desenvolvimento do Turismo Étnico-afro foi lançado pelo governo em agosto do ano passado, durante as festividades da Festa da Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, que a cada ano atrai um número cada vez maior de visitantes estrangeiros. Na época, o Ministério do Turismo assinou um convênio no valor de R$ 1,245 milhão para ações imediatas de diagnóstico.

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Os homens invisiveis do Brasil

Às
vezes andando nas ruas de Copacabana, me sinto como um fantasma.

Estou ao lado das pessoas, mas percebo que sou uma incômoda presença. Quase os atravesso, q

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Cidadãos de bem, velozes, em suas avenidas mentais. O último tênis, o último corte de cabelo, estão apenas cuidando de si. Ilhas e ilhas.

Ah, como queira que aquele menino com suas bolas de tênis nos surpreendesse com a sua habilidade no saibro. Gugas negros.

Somos milhões. E somos etéreos como o ar, por que como maioria, apenas assim podem nos ser indiferentes. Não pesamos quase nada ( e somos milhões!), nos adaptamos a quaisquer situações ("nós faz tudo dotô!).

Cidadãos de bem. Vejo milhares passarem por mim, e mesmo tendo cumprido um verdadeiro roteiro de cinema eu não estou aqui.

Me olho no espelho da vitrine da loja da esquina. Muito jovem, nem mesmo eu me vejo na minha novela das oito.

Afinal quantos protagonistas negros eu já havia visto?

Um segundo, um milímetro e agarro aquela bolsa, dou um piparote naquele guarda, dou um aú e uma rasteira naqule velhinho. Ah, um arrastão! Um mar como eu, em disparada, algazarra, que meninada!

Mais uma vez quase desisto de tudo. Estou descumprindo o papel que está tatuado em minha pele. Sou um marginal. O fato de estar em condicional não altera o meu crime.