01/05/2006
Ontem no Fantástico, foi divulgada carta da Princesa Isabel defendendo um suporte mais amplo aos escravizados que foram libertados após o 13 de maio. Nesta carta, defendia a cessão de terras para que aquela comunidade ao obter o bem mais precioso de um ser humano não fosse desprovida dos meios justos para se inserir na sociedade.
Meses depois a Monarquia era derrubada. Um dos fatores, talvez minimizado pela historiografia nacional, foi a redução do suporte da oligarquia após a libertação dos escravizados.
A República brasileira nasceu como uma resposta de poder (pelo poder), e não retomou esta trajetória de inclusão desta população.
Ressaltemos que na época da libertação oficial o movimento abolicionista (liderado por negros e brancos, e não somente pelos últimos, como nas novelas) apoiado pelo maior movimento de desobediência civil da História Brasileira já haviam, de fato, destruído os alicerces do sistema escravocrata.
Agora, por quê às crianças brasileiras é ensinado que houve uma princesa que com uma assinatura libertou um povo?
Na verdade, este povo foi ajudado (a luta era de todos!) mas primordialmente, lutou, sangrou e morreu. Este povo foi herói.
Brasil Igual é pensar porque não nos orgulhamos de termos quebrado as correntes que nos subjugavam e nos contarem dia após dia que somos passivos.
Brasil Igual é saber que esta Velha História, nos enfraquece a todos, orientais, europeus, árabes, negros e índios que somos pilares deste país!
Nos textos abaixo, fica evidente que nós já começamos a pensar...
"Libertos, mas marginalizados
Um ano e meio mais tarde, a princesa Isabel, que seria a próxima imperatriz e a primeira mulher a governar o país, perdeu o trono com a Proclamação da República, em novembro de 1889. Os presidentes republicanos nunca tomaram nenhuma medida para integrar os ex-escravos e seus descendentes à sociedade. Apesar de libertos, os negros não receberam condições de ascender socialmente e de tornarem-se cidadãos de fato. O preconceito contra eles e a escassez de oportunidades permanece ainda hoje, quando os descendentes de africanos (negros e pardos) são 45% da população brasileira (cerca de 70 milhões de pessoas). "
http://www.sjose.com.br/educar.php?noticia_id=72
"Com o Exército se negando a perseguir escravos fugitivos e o fortalecimento do bloco abolicionista, o Parlamento aprovou o Decreto 3.353, extinguindo a escravidão no Brasil. Naquela manhã de domingo, 13 de maio de 1888, esse decreto foi levado ao palácio por uma comissão liderada por Joaquim Nabuco para ser sancionado pela princesa. A História lhe deu os louros da assinatura da Lei Áurea, mas os latifundiários, revoltados, se tornaram republicanos e depuseram a família real um ano depois."
Está aí um breve quadro da história da Abolição no Brasil.
http://www2.uol.com.br/simbolo/raca/0599/comp1_c.htm
Precisamos agora agir sincronizadamente..
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