quinta-feira, 12 de abril de 2007



Brasil Igual?

As eleições, pura e simples, não representam o exercício da igualdade.

A Justiça eficiente, justa seria um dos caminhos de um país mais igual.

No entanto, este Poder, desde a colônia é conhecida pelos privilégios. Desde os salários, aposentadoria, mordomias.

No Brasil não somos iguais. Uma autoridade ao ser flagrada comentendo algum ato errado deveria ser punida exemplarmente.

O foro especial palavra utilizada para esconder a verdade do povo, deveria se chamar "Vocês são os escravos, nós os senhores. Se eu matar um de vocês não posso ser punido, afinal escravos são coisas!".

Os negros eram vetados para as Cortes. Existia uma Legislação que impedia o nosso acesso a cargos públicos em geral. Ou seja, política pública para prejudicar os negros.

O escândalo de ontem explica o escândalo de hoje. Por que cela especial? Pois quem pode estuda em uma universidade. E quem ficou de fora? Os pobres, na maioria negros. E quem ficou dentro? Os que possuem maior renda. Sabe por que estas leis existem? Por que nós não nos identificamos com o povo brasileiro. Não queremos, ainda, um Brasil para todos, mas para si próprio.

O que o Brasil Igual quer? Reclamar, revoltar-se?

Não! Queremos que revisemos o nosso dia-a-dia para eliminar privilégios, nepotismos e tais.

Queremos fazer a opção correta, construir mais escolas. Ou melhor, manter as escolas existentes!

O Brasil Igual não quer o modelo americano. Não queremos construir aquela sociedade de consumo. Centenas de cadeias Supermax!

Quem copia nunca lidera. O maior destaque para um país é ser o campeão da solidariedade.

O Brasil Igual propõe medir-nos não pelo PIB (o que é isto?) mas pelo PFB (Produto de Felicidade Brasileiro). Números e consumo não devem ser o nosso objetivo. Existem sociedades melhores que nós para consumir a Natureza para fazer carros a gasolina. Queremos energia renovável, barata, acessível a todos. Queremos empresas responsáveis ecologicamente, queremos empresas que tratem as pessoas como ... gente. Uma nova proposta de país, de mentalidade, não uma cópia. Um sub-EUA ou Europa ou China.

É assim que se lidera. E muda-se o mundo. Redefinindo o conceito de líder. Não queremos ser os primeiros em PIBs, dólares, cadeias.

Queremos ter o povo mais feliz da História. (isto sim é uma Agenda Positiva. E quem vai ter coragem de pô-la em prática?)

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Os homens invisiveis do Brasil

Às
vezes andando nas ruas de Copacabana, me sinto como um fantasma.

Estou ao lado das pessoas, mas percebo que sou uma incômoda presença. Quase os atravesso, q

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Cidadãos de bem, velozes, em suas avenidas mentais. O último tênis, o último corte de cabelo, estão apenas cuidando de si. Ilhas e ilhas.

Ah, como queira que aquele menino com suas bolas de tênis nos surpreendesse com a sua habilidade no saibro. Gugas negros.

Somos milhões. E somos etéreos como o ar, por que como maioria, apenas assim podem nos ser indiferentes. Não pesamos quase nada ( e somos milhões!), nos adaptamos a quaisquer situações ("nós faz tudo dotô!).

Cidadãos de bem. Vejo milhares passarem por mim, e mesmo tendo cumprido um verdadeiro roteiro de cinema eu não estou aqui.

Me olho no espelho da vitrine da loja da esquina. Muito jovem, nem mesmo eu me vejo na minha novela das oito.

Afinal quantos protagonistas negros eu já havia visto?

Um segundo, um milímetro e agarro aquela bolsa, dou um piparote naquele guarda, dou um aú e uma rasteira naqule velhinho. Ah, um arrastão! Um mar como eu, em disparada, algazarra, que meninada!

Mais uma vez quase desisto de tudo. Estou descumprindo o papel que está tatuado em minha pele. Sou um marginal. O fato de estar em condicional não altera o meu crime.